Não é fácil publicar um livro neste país. Ganhar dinheiro com ele é algo ainda mais difícil. As editoras simplesmente não apostam em autores desconhecidos e quando o fazem, restringem-se ao famoso contrato Caracu. É claro que entendemos a necessidade do ganho de capital para a movimentação da economia e reconhecemos também que existem exceções a regra. Mas são raras. Sabemos dos inúmeros filantropos culturais do mundo editorial despojados de vínculos materiais e financeiros. Então, se alguém conhecer algum, por favor, nos apresente.
As máquinas de Xerox já haviam dado a bofetada inicial nos autores e agora os livros digitais parecem ter vindo para dar a porrada que faltava nas editoras, complicando ainda mais o ingresso de mentes brilhantes no mercado literário. Sabemos quem somos e ao que viemos, mas competer com fotocópia e bits não é nada fácil.
Bem! Se não é fácil publicar um livro, se vão copiá-lo fazendo ou não sucesso editorial, se vão digitalizá-lo e depois disponibilizá-lo na internet caso ele seja ícone de uma era - e será -, se não vamos ganhar dinheiro para comprar o leitinho das crianças e, ainda pior, se Paulo Coelho está a fazer isso com os próprios livros depois de ganhar milhões por que não podemos doar à humanidade nossas criações literárias e adquirir notoriedade através da nossa irrefutável responsabilidade social e despojamento material?
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